Só se lembram de Santa Bárbara quando troveja
Os abades do mosteiro de Santa Bárbara tinham realizado votos de silêncio, com uma excepção: só podiam emitir as palavras da divindidade que dava nome à sua ordem, ou seja, «Santa Bárbara». Outra particularidade era o facto da sua dieta ser bastante simples, constituída apenas por feijão com arroz ao pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar. Tal facto aumentava os índices de flatulência a níveis irrespiráveis. Com tal dieta, a tarde era "perfumada" com uma sucessão de traques por toda a abadia. A isto juntavam-se os gritos de «Santa Bárbara», como que dizendo «Irmão Albertino, que cheiro é esse que emanas do teu corpo? Irra! Parece que o Demo morreu dentro de ti».
Na localidade próxima de Santa Teresinha de Baixo, os habitantes já se tinham habituado aos barulhos que surgiam sempre a seguir ao almoço. Além de escutarem os gritos de «Santa Bárbara», ouviam o "ribombar dos tambores" do que eles julgavam ser uma trovoada. Até que um habitante proferiu as sábias palavras de «aqueles só se lembram de Santa Bárbara, quando troveja». Vem daí o provérbio.
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