sexta-feira, julho 28, 2006

Cão que ladra não morde

António Joaquim era conhecido por todos como “O Trocas”. A explicação era fácil: o Tó trocava-se e trocava tudo. Colocava as cuecas no congelador e as costeletas no tanque; gritava «golo» quando o seu Benfica sofria um remate certeiro; parava com a sua Casal Boss no semáforo quando estava verde e arrancava quando estava vermelho, e por aí fora.

Mas “O Trocas” não se trocava só nas acções, e fazia o mesmo a escrever e a falar. Na escrita utilizava frases como “Excelentíssimos senhoras”, “uma dia” e “um vassoura”. Já a falar, da sua boca ouviam-se pérolas como «até amanhã se a Deus quiser», «se amanhã não chover faz uma linda dia», «o que está feito, feita está», e, a sua frase preferida, «cão calada não morde porque está de boca fechada».

Esta última frase pegou e entrou nos ouvidos de todos os que rodeavam “O Trocas”, e que por sua vez gozavam com ele gritando-lhe «cão calada não morde». Daqui evoluiu até que chegou aos nossos dias como o conhecido ditado.

1 Comentários:

Mais ou menos por volta desta altura 1:40 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

nosssss

 

Enviar um comentário

<< Home

counter 

create hit